Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) conseguiu salvar a vida de um recém-nascido que se engasgou com leite e sofreu uma parada respiratória dentro de casa, no Setor Balneário Meia-Ponte, em Goiânia.
A situação emocionou os socorristas e a família do bebê, que tem 13 dias de vida.
“Foi o pior momento da minha vida. Estou recuperando do susto. Tanto para nós quanto para ele [bebê] foi muito traumático. Foi um milagre de Deus”, disse a imprensa a mãe de Miguel, a telefonista Wanessa Alves dos Reis (25).
Wanessa conta que amamentou o filho, o colocou para arrotar e, em seguida, o deitou no carrinho. Minutos depois, a cunhada dela viu o bebê gorfando.
Ela [mãe] levantou o filho e tentou retirar a secreção. Ao notar que o menino não melhorava, ela e a sogra ligaram para o Samu. Uma telefonista as orientou a como proceder até que a equipe chegasse.
Agilidade
Cerca de 5 minutos após a ligação, uma equipe chegou à residência de Wanessa em uma motolância. Um dos técnicos de enfermagem que estavam no veículo, Diogo Rodrigues Correia conta que a família ouviu a sirene e esperava o resgate na porta da casa. Ao pegar o recém-nascido, ele notou que o menino estava em parada respiratória.
“Fizemos o atendimento na rua. Fizemos a desobstrução das vias áreas, saiu a secreção de leite e, mesmo assim, não voltou a respirar, precisou usar um dispositivo para fazer ele respirar de novo. Com a ventilação, ele voltou a respirar, chorou, e o quadro não evoluiu para parada cardíaca”, relatou Correia.
A equipe da ambulância chegou logo depois e avaliou Miguel. Ele não precisou ser hospitalizado. "Se não fosse o pessoal da moto, eles que deram o primeiro atendimento, eu acho que não teria dado tudo certo, não teria sido tão fácil igual foi", disse Wanessa.
Pai de uma recém-nascida de 20 dias, o técnico de enfermagem conta que a ocorrência o comoveu. “É muito desesperador. Cheguei chorando lá. Foi uma emoção muito grande, recém-nascido não é uma ocorrência que tem todos os dias. Pelo fato de estar com a bebê em casa pensei que isso podia ocorrer com a minha filha”, declarou Correia.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)